segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Absolutismo monárquico e mercantilismo – Qvestibular

1) (FGV-SP) Acerca do absolutismo na Inglaterra, NÃO é possível afirmar que:

a) fortaleceu-se com a criação da Igreja Anglicana
b) foi iniciado por Henrique VIII, da dinastia Tudor, e consolidado no longo reinado de sua filha Elizabeth I;
c) a política mercantilista intervencionista foi fundamental para a sua solidificação;
d) foi conseqüência da guerra das Duas Rosas, que eliminou milhares de nobres e facilitou a consolidação da monarquia centralizada;
e) o rei reinava mas não governava, a exemplo do que ocorreu durante toda a modernidade.

Resposta: e



2) (UFRN) O sistema de colonização objetivado pela política mercantilista tinha em mira:

a) criar condições para a implantação do absolutismo;
b) permitir à economia metropolitana o máximo de auto-­suficiência e situá-la vantajosamente no comércio internacional, pela criação de complementos à economia nacional;
c) evitar os conflitos internos, resultantes dos choques entre feudalismo e capitalismo, que entravavam o desenvolvimento dos países europeus;
d) ganhar prestígio internacional
e) obter a garantia de acessos às fontes de matérias-primas e aos mercados consumidores no ultra-mar.

Resposta: b



3) (FUVEST) No processo de formação dos Estados Nacionais da França e da Inglaterra, podem ser identificados os seguintes aspectos:

a) Fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do Estado Moderno
b) Ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja
c) Desagregação do feudalismo e centralização política
d) Diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre Estado e Igreja.

Resposta: c



4) (FUVEST) O Estado Moderno absolutista atingiu seu maior poder de atuação no século XVII. Na arte e na economia suas expressões foram, respectivamente:

a) rococó e liberalismo
b) renascentismo e capitalismo
c) barroco e mercantilismo
d) maneirismo e colonialismo
e) classiscismo e economicismo.

Resposta: c



5) UFGO) Parte integrante da política econômica mercantilista, a concepção monetária preconizava, acima de tudo:

a) a livre circulação de mercadorias;
b) uma política industrialista e protecionista;
c) a proibição quanto a saída de ouro e prata do país;
d) a exploração das colônias e o desenvolvimento do comércio;
e) a realização de reformas monetárias e o desenvolvimento do sistema de crédito.


Resposta: c

Absolutismo monárquico e mercantilismo

Introdução

A queda do feudalismo e a ascensão da burguesia, grupo social ligado ao comércio, proporcionaram o surgimento dos Estados Nacionais europeus. Os feudos foram unificados em reinos, os quais eram governados por reis.

Os Estados Modernos passaram a ter territórios e fronteiras definidos, as pessoas falavam um idioma em comum e houve a padronização de pesos, medidas e moedas. O governo desse Estado era centralizado na figura dos monarcas (reis) e o poder político não se encontrava mais nas mãos dos senhores feudais.

Os reis adquiriram um poder quase ilimitado (monarquia absolutista), podendo legislar (criar leis e decretos), executar as leis e julgar os conflitos, além de ter sob seu comando um exército permanente e um aparelho burocrático que lhe auxiliava na administração do Estado e na coleta dos impostos.

A política econômica aplicada pelas Monarquias absolutistas é chamada de Mercantilismo, cujas características básicas eram: metalismo, protecionismo, balança comercial favorável e pacto colonial.

  
Definições

Absolutismo monárquico
(séc. XV – XVIII)
Regime político em que os reis possuem o poder absoluto sobre suas nações (concentração de poderes nas mãos dos reis).

Mercantilismo
Conjunto de práticas econômicas dos Estados Absolutistas.
(metalismo, protecionismo, balança comercial favorável, pacto colonial, pirataria)

  


Resumo


Absolutismo:
O absolutismo foi um sistema político e administrativo que prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XV ao XVIII). No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessava a ela um governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e financeiro aos reis, que em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.

Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a controlar o clero em algumas regiões.

Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente, pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.
Exemplos de alguns reis deste período :

  • Henrique VIII - Dinastia Tudor : Inglaterra no século XVII
  • Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII
  • Luis XIV - Dinastia dos Bourbons - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e 1715.
  • Fernando e Isabel - governaram a Espanha no século XVI.


Mercantilismo:
O mercantilismo foi política econômica adotada na Europa durante o Antigo Regime. Como já dissemos, o governo absolutista interferia muito na economia dos países. O objetivo principal destes governos era alcançar o máximo possível de desenvolvimento econômico, através do acúmulo de riquezas. Quanto maior a quantidade de riquezas dentro de um reino, maior seria seu prestígio, poder e respeito internacional.

Podemos citar como principais características do sistema econômico mercantilista:

  • Metalismo: o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.
  • Industrialização: o governo estimulava o desenvolvimento de indústrias em seus territórios. Como o produto industrializado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, exportar manufaturados era certeza de bons lucros.

  • Balança Comercial Favorável: o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira. 

  • Protecionismo Alfandegário: os reis criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.

  • Pacto Colonial: as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.

  • Pirataria: A Elizabeth I (Inglaterra) estimulava e financiava as ações de pirataria, chegando a dar um título de nobreza ao pirata Francis Drake.



Teóricos do Absolutismo
Muitos filósofos desta época desenvolveram teorias e chegaram até mesmo a escrever livros defendendo o poder dos monarcas europeus. Abaixo alguns exemplos:
  • Jacques Bossuet: para este filósofo francês o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto, todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes. 
  • Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, "O Príncipe",  onde defendia o poder dos reis. De acordo com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para atingir seus objetivos. É dele a famosa frase: "Os fins justificam os meios."
  • Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro "O Leviatã", defendia a idéia de que o rei salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria ceder ao Estado todos os poderes.

domingo, 16 de agosto de 2015

Os Povos Pré-colombianos - QVestibular

1. (Fatec-SP) Os astecas e os incas não foram eliminados nem expulsos pelos conquistadores espanhóis devido

a)     Ao respeito que os colonizadores tinham pela cultura desses povos.
b)     A eles terem se associado aos colonizadores, na exploração dos povos mais fracos.
c)      À existência de ouro e prata nas regiões que eles ocupavam e ao interesse dos colonizadores em explorá-los enquanto mão-de-obra.
d)     À existência de excedente de produção agrícola e de força de trabalho organizada nessas civilizações.
e)     Aos tratados com criollos, que regulamentavam as formas de convivência.

Resposta: a


2. (PUC – SP)  Sobre as civilizações indígenas americanas no momento da conquista européia, podemos afirmar:

a)     Somente os maias e tupis foram escravizados e tiveram sua cultura destruída no processo de conquista e colonização da América.
b)     Cheienes, cheroquis, iroqueses e dakotas ocupavam várias regiões na América do Norte, foram exterminados pela colonização francesa, e sua marcha expansionista de norte a sul e de leste a oeste teve como resultado a dominação das terras do atual EUA.
c)      Tupis, jês, nuaruaques e caríbas ocupavam praticamente toda a região do atual território brasileiro, foram caçados para serem transformados em escravos pelos senhores espanhóis e holandeses, cujo objetivo seria vendê-los como produtores de especiarias para o Oriente.
d)     Maias, astecas e incas, que viviam na América Central, Vale do México e Região Andina, foram dominados pelos espanhóis no século XVI e perderam autonomia e controle sobre sua sofisticada organização sociocultural e política, permanecendo submetidos através do sistema de encomiendas, mitas ou quatequil que os reduzia a escravidão permanente ou temporária.
e)     Os indígenas brasileiros tupis e jês foram exterminados no processo da conquista portuguesa, sendo possível seu conhecimento apenas pela arqueologia.

Resposta: d


3. (UFC) Recentemente, Alejandro Toledo foi eleito presidente do Peru. Durante a campanha eleitoral, foi chamado de Pachacútec, numa alusão ao imperador incaico que consolidou um império nos Andes centrais. Sobre a sociedade incaica, é correto afirmar que:

a) o fato de constituir uma das mais significativas sociedades pré-colombianas tem como base a negação da cultura dos povos dominados;
b) a sua economia tinha por base a agricultura, com a distribuição de terras pelo Estado e a prática do sistema de regadio;
c) o que a diferenciava das demais culturas pré-colombianas era a idéia de uma sociedade igualitária;
d) o comércio interno era significativo, tendo no guano um dos produtos mais valorizados;
e) a sua cultura desapareceu com o processo da dominação espanhola.

Resposta: b


4. (FGV/SP) Em 2001, Alejandro Toledo tornou-se o primeiro peruano com ascendência indígena a assumir a Presidência da República de seu país. A cerimônia de posse, em Machu Picchu, foi marcada por rituais e símbolos do Império Incaico. A respeito dos incas é correto afirmar: 

a) Eram monoteístas antes da chegada dos espanhóis à América e chegaram a associá-los ao seu deus Viracocha.
b) Na sociedade incaica, havia uma clara separação entre política e religião, de tal modo que a seu governante, o Inca, não era atribuído nenhum caráter divino.
c) Cuzco, além do principal núcleo político do império fundado em torno do século XII, era considerado pelos incas o Centro do Mundo, o lugar mais sagrado da Terra.
d) A metalurgia para a produção de armas, adornos e ferramentas era a base da economia do império.
e) Ao contrário do tratamento dispensado a outros povos da América, não tiveram suas estruturas político-sociais profundamente alteradas e puderam preservar suas tradições religiosas até os dias de hoje.

Resposta: c


5. (UGF/RJ) A cultura maia, uma das mais importantes do mundo pré-colombiano, floresceu na região que hoje corresponde ao(s): 

a) Uruguai, Argentina e sul do Chile.
b) Paraguai e Bolívia.
c) Brasil e Venezuela.
d) norte de Guatemala, Honduras Britânica e sudeste do México.
e) Andes peruanos.


Resposta: d

Os Povos Pré-colombianos

Introdução

Quando Colombo chegou à América, em 1492, encontrou o continente habitado há muito tempo por várias civilizações e povos. Os povos pré-colombianos apresentavam diferentes estágios de desenvolvimento cultural e material, classificados em: sociedades que viviam do extrativismo/da caça e sociedades agrárias/criação de alguns animais.

Dentro desse segundo grupo, três culturas merecem maior destaque são: os Maias e os Astecas, no México e América Central, e os Incas na Cordilheira dos Andes, na América do Sul.
Cada uma dessas civilizações era constituída de um verdadeiro mosaico de nações e tribos. Possuíam avançada organização política, econômica e social.

Incas:
A Civilização Inca desenvolveu-se na região da Cordilheira dos Andes (América do Sul ) nos atuais Peru, Bolívia, Chile e Equador. Fundaram no século XIII a capital do império: a cidade sagrada de Cusco. Foram conquistados e dominados pelos espanhóis no ano de 1532.
Maias:
A civilização maia habitou a região das florestas tropicais das atuais Honduras, Guatemala e Península de Yucatán (sul do atual México). Este povo nestas regiões entre os séculos IV a.C e IX a.C. Entre os séculos IX e X , os toltecas invadiram essas regiões e dominaram a civilização maia.  Quase desaparecida quando Colombo chegou às Américas.
Astecas:
Povo dedicado à guerra, os astecas habitaram a região do atual México entre os séculos XIV e XVI.  Fundaram, no século XIV, a importante cidade de Tenochtitlán (atual Cidade do México), numa área de pântanos, próxima do lago Texcoco. Foram dominados pelos espanhóis em 1521.


Localização dos povos

Os Incas
O território inca se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes e incluía terras hoje pertencentes à Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina e Chile. Os Incas constituíam um vasto império, integrado por povos de diferentes culturas, localizadas nas mais variadas regiões geográficas: a costa, as serras e as selvas.
A maior parte da população concentrava-se nos vales férteis. No império Inca viviam 15 milhões de pessoas. A capital dos Incas era Cuzco no templo do sol. 

Os Astecas e os Maias
Os Astecas habitavam as terras do atual México; os Maias habitavam a região onde hoje estão a Guatemala, parte de Honduras, El Salvador, Belize e a Península de Yucatã, no México. A organização política, econômica e social desses dois povos apresentava inúmeras semelhanças. Eram povos que tinham uma economia de base agrária, com aperfeiçoadas técnicas de produção, incluindo o uso de adubos e a construção de barragens e canais de irrigação. Eles trabalhavam em coletividade.
A principal diferença entre os Astecas e os Maias diz respeito à organização política. Enquanto os Astecas viviam submetidos a uma monarquia, exercida pelo chefe dos guerreiros, os Maias nem chegaram a construir um estado que abrangesse toda a sociedade.


Política e Cultura

Governo Inca
O imperador, conhecido por Sapa Inca, era considerado um deus na Terra. A sociedade era extremamente hierarquizada e formada por: nobres (chefes militares, juízes e sacerdotes, governantes), camada média (funcionários públicos e trabalhadores especializados) e classe mais baixa (artesãos e os camponeses). Esta última camada pagava altos tributos ao rei  em mercadorias ou com trabalhos em obras públicas.

Cultura Inca
Na arquitetura, desenvolveram várias construções com enormes blocos de  pedras encaixadas, como templos, casas e palácios. A cidade de Machu Picchu foi descoberta somente em 1911 e revelou toda a eficiente estrutura urbana desta sociedade.
A agricultura era extremamente desenvolvida, pois plantavam nos chamados terraços (degraus formados nas costas das montanhas). Plantavam e colhiam feijão, milho (alimento sagrado) e batata. Construíram canais de irrigação, desviando o curso dos rios para as aldeias.
A arte destacou-se pela qualidade dos objetos de ouro, prata, tecidos e jóias. 

Domesticação de animais: a lhama (animal da família do camelo) e utilizaram como meio de transporte, além de retirar a lã, carne e leite deste animal. Além da lhama, alpacas e vicunhas também eram criadas.

A religião tinha como principal deus o Sol (deus Inti ). Porém, cultuavam também animais considerados sagrados como o condor e o jaguar. Acreditavam num criador antepassado chamado Viracocha (criador de tudo).

Criaram um interessante e eficiente sistema de contagem: o quipo. Este era um instrumento feito de cordões coloridos, onde cada cor representava a contagem de algo. Com o quipo, registravam e somavam as colheitas, habitantes e impostos. Mesmo com todo desenvolvimento, este povo não desenvolveu um sistema de escrita.



Governo Maia
Nunca chegaram a formar um império unificado, fato que favoreceu a invasão e domínio de outros povos vizinhos. As cidades formavam o núcleo de decisões e práticas políticas e religiosas da civilização e eram governadas por um estado teocrático. O império maia era considerado um representante dos deuses no Planeta Terra. A zona urbana era habitada apenas pelos nobres (família real), sacerdotes (responsáveis pelos cultos e conhecimentos), chefes militares e administradores do império (cobradores de impostos). Os camponeses, que formavam a base da sociedade, artesão e trabalhadores urbanos faziam parte das camadas menos privilegiadas e tinham que pagar altos impostos.


Cultura Maia
Na arquitetura: Ergueram pirâmides, templos e palácios, demonstrando um grande avanço arquitetônico.

O artesanato também se destacou: fiação de tecidos, uso de tintas em tecidos e roupas, arte em cerâmica e pinturas em mural.

A economia era baseada na agricultura, principalmente de milho, feijão e tubérculos. Suas técnicas de irrigação do solo eram muito avançadas para a época. Praticavam o comércio de mercadorias com povos vizinhos e no interior do império.

A religião deste povo era politeísta, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. Elaboraram um eficiente e complexo  calendário que estabelecia com exatidão os 365 dias do ano.

A escrita: Assim como os egípcios, usaram uma escrita baseada em símbolos e desenhos (hieróglifos). Registravam acontecimentos, datas, contagem de impostos e colheitas, guerras e outros dados importantes.

Matemática maia: Desenvolveram muito a matemática, com destaque para a invenção das casas decimais e o valor zero.

Na astronomia: criaram calendário lunar, depois solar e, por fim, a “contagem longa”.  Os sistemas que registravam a passagem dos dias, semanas e meses regiam a vida cotidiana e religiosa, já o de contagem longa marcava os momentos importantes de sua história.  
Cruzando a matemática e a observação do céu, os maias conseguiram determinar com uma precisão incrível a duração dos ciclos lunar, solar e de Vênus.  Segundo maias, Vênus passa pela Terra a cada 583, 935 dias (hoje, de acordo com os astrônomos, o número correto é 583, 920); definiram, também, que o ciclo lunar dura 29, 53086 dias (sendo o número correto 29, 54059) e o solar 365, 2420 dias (sendo o número correto 365, 2422).



Governo Asteca

A sociedade era hierarquizada (dividida em camadas bem definidas) e comandada por um imperador, chefe do exército. A nobreza era também formada por sacerdotes e chefes militares. Os camponeses, artesãos e trabalhadores urbanos compunham grande parte da população. Esta camada mais baixa da sociedade era obrigada a exercer um trabalho compulsório para o imperador, quando este os convocava para trabalhos em obras públicas (canais de irrigação, estradas, templos, pirâmides). 

Durante o governo do imperador Montezuma II (início do século XVI), o império asteca chegou a ser formado por aproximadamente 500 cidades, que pagavam altos impostos para o imperador. O império começou a ser destruído em 1519 com as invasões espanholas. Os espanhóis dominaram os astecas e tomaram grande parte dos objetos de ouro desta civilização. Não satisfeitos, ainda escravizaram os astecas, forçando-os a trabalharem nas minas de ouro e prata da região. 


Cultura Asteca

Na arquitetura, construíram enormes pirâmides utilizadas para cultos religiosos e sacrifícios humanos. Estes eram realizados em datas específicas em homenagem aos deuses. Acreditavam que com os sacrifícios poderiam deixar os deuses mais calmos e felizes.

Na agricultura: Os astecas desenvolveram muito as técnicas agrícolas, construindo obras de drenagem e as chinampas (ilhas de cultivo), onde plantavam e colhiam milho, pimenta, tomate, cacau etc. As sementes de cacau, por exemplo, eram usadas como moedas por este povo.

O artesanato a era riquíssimo, destacando-se a confecção de tecidos, objetos de ouro e prata e artigos com pinturas.

A religião era politeísta, pois cultuavam diversos deuses da natureza (deus Sol, Lua, Trovão, Chuva) e uma deusa representada por uma Serpente Emplumada.


Na ciência: a escrita era representada por desenhos e símbolos. O calendário maia foi utilizado com modificações pelos astecas. Desenvolveram diversos conceitos matemáticos e de astronomia.



sábado, 15 de agosto de 2015

Expansão Marítima Européia – Qvestibular

1. (Fei) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros "andou atrás" de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO:

a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Aviz
b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista
c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres
d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses
e) o incentivo governamental à expansão

Resposta: b



2. (Cesgranrio) O descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa, no século XV. Embora não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente,...

a) a posse de terras no Atlântico ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b) o Brasil era uma alternativa mercantil ao comércio português no Oriente.
c) o desvio da esquadra de Cabral seguia a mesma inspiração de Colombo para chegar às Índias.
d) a procura de terras no Ocidente foi uma reação de Portugal ao Tratado de Tordesilhas, que o afastava da América.
e) essa descoberta foi mero acaso, provocado pelas intempéries que desviaram a esquadra da rota da Índia.

Resposta: a



3. (Ufpe) Portugal e Espanha foram, no século XV, as nações modernas da Europa, portanto pioneiras nos grandes descobrimentos marítimos. Identifique as realizações portuguesas e as espanholas, no que diz respeito a esses descobrimentos.

1. Os espanhóis, navegando para o Ocidente, descobriram, em 1492, as terras do Canadá.
2. Os portugueses chegaram ao Cabo das Tormentas, na África, em 1488.
3. Os portugueses completaram o caminho para as Índias, navegando para o Oriente, em 1498.
4. A coroa espanhola foi responsável pela primeira circunavegação da Terra iniciada em 1519, por Fernão de Magalhães. Sebastião El Cano chegou de volta à Espanha em 1522.
5. Os portugueses chegaram às Antilhas em 1492, confundindo o Continente Americano com as Índias.

Estão corretos apenas os itens:
a) 2, 3 e 4;
b) 1, 2 e 3;
c) 3, 4 e 5;
d) 1, 3 e 4;
e) 2, 4 e 5.



4. Questão 1: (PUC-MG) Relacionam-se às viagens marítimas européias dos séculos XV e XVI, exceto:
A - o desenvolvimento de técnicas náuticas;
B - o estabelecimento de novas rotas comerciais;
C - o enfraquecimento dos Estados Absolutistas;
D - a implantação das práticas mercantilistas.


Resposta: c



5. (FUVEST/SP) No período denominado Baixa Idade Média, houve desenvolvimento do comércio e florescimento de cidades. O crescimento econômico da Europa ocidental intensificou-se com a expansão ultramarina do século XV. Considera-se essencial para tal expansão:

A - a crise e o enfraquecimento comercial das cidadesestados italianas, fornecedoras na Europa dos produtos orientais;
B - a centralização do poder político e a possibilidade de investimento de recursos monetários estatais em expedições marítimas;
C - a ocupação de Constantinopla pelos turcos otomanos e o fim dos contatos pacíficos entre o Ocidente e o Oriente;
D - a abundância de metais na Europa e o crescimento de circulação monetária em condições de financiar empreendimentos dispendiosos;
E - a ruptura da unidade cristã do Ocidente e a formação de religiões cristãs adaptadas à ética da acumulação capitalista.

Resposta: b

A Expansão Marítima Europeia

Introdução

Processo histórico ocorrido, principalmente, entre os séculos XV e XVII.
Através das Grandes Navegações houve uma expansão das atividades comerciais, contribuindo para o processo de acumulação de capitais na Europa, que posteriormente, possibilitará a Revolução Industrial na Inglaterra.
O Portugal e a Espanha foram as grandes potências para esta expansão marítima. E a expansão marítima teve um nítido caráter comercial.


Causas

  • Objetivo da burguesia da Europa Ocidental em romper o monopólio Árabe-Italiano (Gênova e Veneza) sobre as mercadorias orientais; 
  • A busca de terras e novas minas (ouro e prata) com o objetivo de superar a crise do século XIV; 
  • Expandir a fé; 



Objetivos

  • Especiarias (noz moscada, cravo, pimenta, etc.);
  • Pedras preciosas, cerâmica e seda;
  • Metais (ouro e prata);
  • Terras novas; 
  • Fiéis; 
  

Expansão Marítima um empreendimento caro.

Como acontece no século XXI com a exploração do espaço que é para meia dúzia de países rica e detentor de tecnologia; no início da idade moderna (séc. XV) as explorações dos oceanos, da mesma forma, eram para aqueles países que possuíam muito dinheiro e conhecimentos técnicos de construção de navios e instrumentos de navegação.

Apenas os Estados efetivamente centralizados tinham condições de levar adiante tal empreendimento. E a figura do Rei era importante para atuar como coordenador. O Rei cobrava os impostos e disciplinava os investimentos da burguesia para o empreendimento.
  


Pioneirismo português

  • Precoce centralização Política; 
  • Domínio das Técnicas de Navegação (Escola de Sagres);
  • Participação da Rota de Comércio que ligava o mediterrâneo ao norte da Europa; 
  • Capital (financiamento de Flandres); 
  • Posição Geográfica Favorável; 





Etapas da expansão portuguesa (principais)

1415 - Tomada de Ceuta, importante entreposto comercial no norte da África;
1420 - Ocupação das ilhas da Madeira e Açores no Atlântico;
1434 - Chegada ao Cabo Bojador;
1445 - Chegada ao Cabo Verde;
1487 - Bartolomeu Dias e a transposição do Cabo das Tormentas;
1498 - Vasco da Gama atinge as Índias (Calicute);
1499 - Viagem de Pedro Álvares Cabral ao Brasil.






Espanha não ficou muito atrás

Em 1492, logo após completar sua centralização monárquica a Espanha inicia as Grandes Navegações Marítimas. O Cristóvão Colombo ganhou três caravelas dos Reis Católicos (Fernando e Isabel).  Com estes navios, o Colombo pretendia chegar às Índias, navegando no sentido oeste.  Quando chegou à América Central (=denominação de hoje) pensou ter chegado ao arquipélago do Japão.


Etapas da expansão espanhola (principais)

1492 - Chegada de Colombo a um novo continente, a América;
1504 - Américo Vespúcio afirma que a terra descoberta por Colombo era um novo continente;
1519 a 1522 - Fernão de Magalhães realizou a primeira viagem de circunavegação do globo.



O Tratado de Tordesilhas

Portugal e Espanha, buscando evitar conflitos sobre os territórios descobertos, ou a descobrir, resolveram assinar um acordo.
1)     Inicialmente, proposto pelo Papa Alexandre VI (em 1493).  Seria um meridiano passando 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, dividindo as terras entre Portugal e Espanha.  O Portugal não aceitou esta proposta.
2)     Em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas.


Os atrasados

Por problemas de guerras internas os países abaixo, se atrasaram:

Inglaterra e França (após a Guerra dos Cem Anos, tiveram distúrbios políticos internos) e Holanda.



Conseqüências


  • Ampliação do conhecimento humano sobre a geografia da Terra.
  • Revolução comercial – unificação dos mercados europeus, asiáticos, africanos e americanos.
  • A decadência das cidades italianas, resultado da mudança do eixo econômico de Mediterrâneo para o Atlântico.
  • Formação do Sistema Colonial.
  • Escravismo em moldes capitalistas.
  • Hegemonia européia sobre o mundo.
  • Afluxo de metais provenientes da América para a Europa.
  • Ocorreu a adoção da política econômica mercantilista, que se baseava tanto no protecionismo do Estado como no regime de monopólios.

Reforma Protestante - QVestibular

1. (Fuvest) "Depois que a Bíblia foi traduzida para o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e toda rapariga, capaz de ler o inglês, convenceram-se de que falavam com Deus onipotente e que entendiam o que Ele dizia".

Esse comentário de Thomas Hobbes (1588-1679)
a) ironiza uma das consequências da Reforma, que levou ao livre exame da Bíblia e à alfabetização dos fiéis.
b) alude à atitude do papado, o qual, por causa da Reforma, instou os leigos a que não deixassem de ler a Bíblia.
c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I, ao permitir que seus súditos escolhessem entre as várias igrejas.
d) ressalta o papel positivo da liberdade religiosa para o fortalecimento do absolutismo monárquico.
e) critica a diminuição da religiosidade, resultante do incentivo à leitura da Bíblia pelas igrejas protestantes.

Resposta: a


2. (Mackenzie) "É preciso ensinar aos cristãos que aquele que dá aos pobres, ou empresta a quem está necessitado, faz melhor do que se comprasse indulgências".
                (Martinho Lutero)
As Indulgências eram:
a) documentos de compra e venda de cargos e títulos eclesiásticos a qualquer pessoa que os desejasse.
b) cartas que permitiam a negociação de relíquias sagradas, usadas por Cristo, Maria ou Santos.
c) dispensas, isenções de algumas regras da Igreja Católica ou de votos feitos anteriormente pelos fiéis.
d) proibições de receber o dízimo oferecido pelos fiéis e incentivo à prática da usura pelo alto clero.
e) absolvições dos pecados de vivos e mortos, concedidas através de cartas vendidas aos fiéis.

Resposta: e


3. (UNIR/RO) - Fundação Universidade Federal de Rondônia -
Em 31 de outubro de 1517, Lutero afixou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittenberg, marcando o início da Reforma Protestante. Abaixo são apresentadas as teses 05, 27 e 28.
05. O papa não quer nem pode dispensar de quaisquer penas senão daquelas que impôs por decisão própria ou dos cânones.
27. Pregam doutrina mundana os que dizem que, tão logo tilintar a moeda lançada na caixa, a alma sairá voando [do purgatório para o céu].
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa, pode aumentar o lucro e a cobiça; a intercessão da Igreja, porém, depende apenas da vontade de Deus.
(Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/034/34tc_lutero.htm. Acesso em 23/10/2009.)
Tomando por base o texto acima, pode-se afirmar que a crítica que Lutero faz à Igreja Católica está direcionada à:

A - prática da simonia.
B - intervenção do papa nos assuntos do Sacro Império.
C - proibição da tradução da Bíblia para o alemão.
D - venda de indulgências.
E - adoção pelo papa do nicolaísmo.

Resposta: d



4. (UEG) - Universidade Estadual de Goiás -
O protestantismo encontra-se em franca expansão no estado de Goiás. Suas origens remontam aos movimentos reformistas ocorridos na Europa entre os séculos XIV e XVI. Sobre a Reforma Protestante, é
CORRETO afirmar:

A - Martinho Lutero pregou a volta dos valores clássicos greco-romanos para combater a corrupção da Igreja.
B - As teses reformistas de Lutero tiveram apoio de setores da burguesia e da nobreza do Sacro Império Romano-Germânico, interessados em escapar da influência da Igreja.
C - A Reforma Protestante impediu o desenvolvimento do capitalismo, uma vez que condenava radicalmente a usura.
D - Na Inglaterra, a Reforma Protestante foi suprimida através da criação da Igreja Anglicana, resultante de um acordo entre Henrique VIII e o Papa.

Resposta: b



5. (PUC-MG) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -
Sobre a Reforma Protestante do início dos Tempos Modernos, é correto afirmar que, exceto:

A - foi um movimento que eclodiu sob o impacto das medidas tomadas pelos católicos durante a realização do Concílio de Trento, de 1545;
B - procurou expressar muitos dos anseios da época, como as críticas aos abusos cometidos pela Igreja;
C - defendia o livre exame da Bíblia e pregava a salvação pela fé e não pelas boas obras;
D - marcou o surgimento do anglicanismo com o rompimento entre Henrique VIII e o papa, através do Ato de Supremacia de 1534.


Resposta: a

Reforma Protestante

Introdução

Durante a Idade Média a Igreja Católica se tornou muito poderosa, interferindo nas decisões políticas e juntando altas somas em dinheiro e terras apoiada pelo sistema feudal.  Desta forma, ela se distanciava de seus ensinamentos básicos e caia em contradição.
A igreja católica condenava a burguesia comercial (em plena expansão no século XVI) porque o lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos clérigos católicos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (=venda do perdão) - o que seria o motivo direto da contestação de Martinho Lutero, que deflagrou a Reforma Protestante.

A Reforma protestante foi um movimento de retorno aos padrões bíblicos do Novo Testamento.



Causas

1)     Fatores religiosos:
Corrupção do clero religioso: para ganhar dinheiro, o alto clero de Roma iludia a boa fé das pessoas através do comércio de relíquias sagradas. Milhares de pessoas eram enganadas comprando espinhos que coroaram a fronte de Cristo, panos embebidos pelo sangue do rosto do Salvador, objetos pessoais dos santos etc. Além desse Comércio fraudulento, a Igreja passou a vender, também, indulgencias, isto é, o perdão dos pecados. Mediante um bom pagamento, destinado a financiar obras da Igreja, os fiéis poderiam comprar a salvação e a entrada para o céu.

Ignorância do clero: a maior parte dos sacerdotes desconhecia a própria doutrina católica e demonstrava absoluta falta de preparo para funções religiosas. A ignorância e o mau comportamento do clero representavam sério problema, pois a Igreja dizia que os sacerdotes eram os intermediários entre os homens e Deus. Ora, se esses intermediários se mostravam ignorantes e incompetentes, era preciso buscar novos caminhos para o encontro com Deus.

           
2)     Fatores Socioeconômicos:
A Igreja católica, durante o período medieval, condenava o lucro excessivo (a usura) e defendia o preço justo. Essa moral econômica entrava em choque com a ganância da burguesia. Grande número de comerciantes não se sentia à vontade para extrair o lucro máximo. Viviam ameaçados com o inferno.

Os interessados nos lucros do comércio sentiram a necessidade de urna nova ética religiosa, mais adequada á época de expansão comercial e de transição do feudalismo para o capitalismo. Como veremos mais adiante, a ética protestante mostrou-se bem mais identificada com o espírito dos tempos modernos.

3)     Fatores políticos:
Com o fortalecimento das monarquias nacionais, os reis passaram a encarar a Igreja, que tinha sede no Vaticano e utilizava o latim, como entidade estrangeira que interferia em seus países. A Igreja, por seu lado, insistia em se apresentar como instituição universal que unia o mundo cristão.

Essa noção de universalidade, entretanto, perdia força, pois crescia o sentimento nacionalista. Cada Estado, com sua língua, seu povo e suas tradições, estava mais interessado em afirmar suas diferenças em relação a outros Estados do que suas semelhanças. A Reforma Protestante correspondeu a esses interesses nacionalistas. Exemplo: a doutrina cristã dos reformadores foi divulgada na língua nacional de cada país e não em latim, o idioma oficial da Igreja.



Como aconteceu

Nada na história (como na vida) acontece repentinamente.

A Reforma aconteceu, também, aos poucos, a insatisfação e as dúvidas em relação à igreja católica foi aumentando ao poucos.

Surgiram alguns homens que podemos considerar como pré-reformadores como:

1)     John Wycliff (na Inglaterra), no século XIV (1384).
2)     John Huss (na Boêmia), no século XV (1415).
3)     Jerônimo Savanarola (na Itália), no século XV (1498).


E a Reforma Protestante aconteceu, no século XVI na Alemanha quando o frade agostiniano Martinho Lutero afixou as 95 teses nas portas da igreja do castelo de Wittenberg.


Foi no dia 31 de outubro de 1517, véspera do dia de “todos os santos”, quando milhares peregrinos corriam para Wittenberg para a comemoração do feriado do "dia de todos os santos e finados", 01 e 02 de novembro.

Era costume pregar nos lugares públicos os avisos e comunicados. Lutero aproveitou a oportunidade e, através de suas teses, combatia as indulgências que eram vendidas por João Tetzel com a falsa promessa de muitos benefícios. Ele dizia que, se alguém comprasse uma indulgência para um parente falecido, "no momento em que a moeda tocasse no fundo do cofre a alma saltava do inferno e ia direto para o céu".

A Reforma começou na Alemanha, mas logo, se espalhou para outros países como Inglaterra, Suíça, França, Escócia, etc. Em cada país podemos destacar um líder que levou avante este movimento.


Principais reformadores

1)     Martinho de Lutero (1483/1546) – Alemanha
2)     João Calvino (1509/1564) – França/Suíça
3)     Huldreich Zwinglio (1484/1531) – Suíça













Principais doutrinas defendidas por Lutero

a) Justificação pela fé
Baseado nos ensinos de Paulo, ele ensinava que o homem não é           justificado pelas suas obras, mas pela fé em Jesus Cristo.
  
b) A infalibilidade da Bíblia.
Lutero considerava a Bíblia infalível e acima de toda e qualquer tradição religiosa. Enquanto a Igreja Católica Romana defendia a ideia de que o papa era infalível e a Bíblia era sujeita à sua interpretação, Lutero afirmava que A Bíblia estava acima do papa, pois ela é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo.

c) Sacerdócio de todos os crentes. 
Lutero negava o conceito que afirmava ter o papa poderes sobrenaturais como intermediário entre o povo e Deus. Ele defendia a ideia de que todo crente é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus. Não precisamos de um intermediário, o único intermediário entre o homem e Deus é o Senhor Jesus Cristo.



Principais consequências

  • Diminuição da influência e do poder da Igreja Católica na Europa;

  • Diminuição da interferência da Igreja Católica no poder político dos monarcas;

  • Surgimento de novas igrejas cristãs como, por exemplo, Igreja Anglicana (Inglaterra), Igreja Luterana (Alemanha) e Igreja Calvinista (França);

  • Fortalecimento dos princípios sociais e econômicos da burguesia, que passaram a ser sustentados pela aprovação do lucro (doutrina calvinista);

  • Tradução da Bíblia para outros idiomas, entre eles o alemão e o francês. Desta forma, mais pessoas passaram a ter acesso à leitura da Bíblia;

  • Reação da Igreja Católica (Contra-Reforma) ao movimento de Reforma Protestante. Neste contexto de reação foi reativada a Inquisição, criada a Companhia de Jesus e estabelecido o combate ao protestantismo;

  • Surgimento de conflitos sociais de ordem religiosa, além de perseguições pelo mesmo motivo. Muitos destes conflitos foram estimulados ou tiveram como patrocinadores os monarcas europeus. Em 1572, cerca de 30 mil protestantes foram assassinados por católicos na França. O episódio ficou conhecido como "O Massacre da Noite de São Bartolomeu".



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Renascimento Comercial e Urbano – Qvestibular

01. (FUVEST) As corporações de ofício medievais possuíam um conjunto de regras que formavam um verdadeiro código de ética. Uma dessas regras era a do “justo preço”, que se pode formular do seguinte modo:

a) A corporação deveria promover a ascensão do produtor à categoria de empresário.
b) Cada qual deveria vender a seus clientes sem procurar seduzir a freguesia dos confrades.
c) O artífice não deveria trabalhar tendo em vista unicamente o ganho, mas de modo a produzir artigos
“de lei”.
d) O valor de um produto era representado pela adição do custo da matéria-prima ao custo do trabalho.
e) O mestre não tinha o direito de utilizar-se do aprendiz exclusivamente em benefício próprio, mas deveria
ensinar-lhe lealmente todos os segredos do ofício.


Resposta: d



02. (FUVEST) Na Idade Média praticava-se a indústria artesanal, através de associações profissionais denominadas “corporações de ofício”. As corporações de ofício eram:

a) associações de profissionais que exerciam a mesma atividade dentro do burgo;
b) o mesmo que as “ligas para o livre-comércio”;
c) associações de burgos para a proteção do mercado;
d) associações de profissionais de vários ofícios dentro do burgo;
e) associações internacionais de ligas profissionais.

Resposta: a


03. (FMU) A Liga Hanseática era uma associação de mercadores empenhados, na Europa, na comercialização de vários produtos, tais como peles e couros, peixes, âmbar, sal e trigo trazidos das regiões bálticas e trocados pelos vinhos, especiarias, têxteis, frutas e outros produtos do Oriente e do Sul. Chegou a contar com a participação de 80 cidades e, sendo uma organização essencialmente lucrativa, marcou o desenvolvimento e uma profunda modificação no panorama da economia européia, bem como edificou as bases para a Revolução Comercial.

Essa poderosa associação era liderada pelas cidades de:

a) Gênova, Florença e Veneza;
b) Lübeck, Hamburgo e Bremen;
c) Antuérpia, Londres e Paris;
d) Colônia, Amsterdan e Viena;
e) Estocolmo, Novgorod e Riga.

Resposta: b



  
04. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:

"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de Revolução Comercial."

A Revolução Comercial ocorreu graças:

a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.
b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.

c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação das cruzadas.

d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.

e) à auto-suficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação.

Resposta: a



05. (Mackenzie) "Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu tanto que afetou profundamente toda a vida da Idade Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos; o século XIl viu a Europa ocidental transformar-se em conseqüência disso.''

Leo Huberman

Assinale a alternativa relacionada ao texto anterior.

a) Os efeitos do renascimento urbano e comercial foram sentidos simultaneamente em todo o território europeu.

b) O modo de produção servil foi imediatamente substituído pelo desenvolvimento de centros industriais e pelo trabalho assalariado.

c) A ampliação de novos mercados e centros urbanos contribuiu para a redução do crescimento demográfico e da migração.

d) A expansão marítima comercial européia, através da aliança dos reis com a burguesia, consolidou as relações mercantis na Ásia, Europa e América.

e) O renascimento comercial trouxe o crescimento das cidades, a expansão do mercado e a ascensão de um novo grupo social.

Resposta: e